Até era; mas sabem como é: a gente cresce e aprende. Ou não.
Mas fato é que hoje acho extremamente bizarro nutrir uma paixão desenfreada por alguém com que não temos laços sanguíneos. Ou seja, amor de mãe e filho eu entendo. Agora, aquelas mulheres que amam, choram, descabelam e fazem loucuras pela alma gêmea, não.
Já até tentei ensaiar essa personagem, mas nunca consegui ser chamada pra nenhuma montagem da vida real.
Além disso, sou uma pessoa extremamente lerda. Sempre fui inteligentíssima e tals...mas lerda. Em se tratando de assuntos amorosos então! Se um carinha tem qualquer tipo de afeição por mim, melhor rebolar pra demonstrar isso. Porque, a não ser que ele coloque uma faixa no avião escrito "quero ficar contigo" e mande o mesmo avião liberar toneladas de pétalas de rosas ao passar pela minha casa, não vou perceber. Sério.
E daí?
Daí que eu acho que estou apaixonada. O "acho" é porque encaro meus sentimentos com a mesma perspicácia que percebo os alheios.
Só que também acho que já era pra eu ter percebido isso há mais tempo.
Como toda mulher apaixonada, fui reler e-mails antiguinhos trocados entre eu e o ser objeto da minha querência e percebi que o moçoilo já me cantava há tempos. E eu achava que era zuação.
E como se deu a coisa? Simples, eu queria muito ir à uma festinha do outro lado da cidade. Precisava chamar um amigo que, além de boa companhia, tivesse carro. E foi exatamente isso o que falei para a pessoa. Ela riu, gostou da minha sinceridade e aceitou o convite. Marcamos no meio do caminho para os dois. El me perguntou se ficava perto e eu respondi: "perto de quê?". Perto da minha casa, oras! Emendei que era pra ele me buscar lá mesmo, que eu não iria fazê-lo me buscar em casa; até pq, afinal de contas, aquilo não era um encontro.
Juro que se aquelas histórias (tediosas) de contos de fadas fossem escritas hoje, o príncipe seria como a visão que eu tive: de camiseta branca, coladinha, com decote V, dentro de um carro com estofado em couro e DVD. Ah! Foi aí que a ficha caiu! - devem estar pensando! Ledo engano.
Festinha bacana, só com casais e a galera meio tensa tentando entender o que rolava entre nós. A tensão tem motivo: a namorada do moçoilo que mora em outra cidade.
Mesmo assim, as pessoas insistiam que eu contasse a história engraçadinha do quanto eu o odiava mesmo antes de conhecê-lo (preguiça de contar aqui...rs) e essas coisas bobinhas de casal. Com o detalhe incrível de que a gente não é um casal.
Hora de ir embora. Chamei uma amiga pra ir de carona com a gente. Tô falando: a lerdeza é tamanha que até então tava jurando que sairia ilesa da noite.
Ela me chama pra ir dormir na casa dela e eu nego. Os pais dela estavam lá no fim de semana e eu não ficaria à vontade. Amiga entregue em casa, vêm a bomba: "dorme na minha casa então, lá não tem pai nem mãe..."
E foi aí que todos os mojitos e brejas tomados na noite subiram à cabeça!E a semana que se seguiu foi o inferno na terra.
Agora, quando eu e meu 2º melhor amigo sentamos pra conversar, tem um poodle chato tentando cruzar com a perna de um dos dois. É, sabe aquela situação que todo mundo vê, mas todo mundo prefere ignorar a ter que falar alguma coisa? Exato!
E eu chorei a semana toda! Chorei horrorores: pq ele tem namorada, pq eu acho q tô apaixonada, pq não quero perder um amigão...
E ando me sentindo a pessoa mais babaca de todos os tempos.
A solução? Marquei de conversar com ele na terça-feira. Segunda-feira é dia dele chegar feliz pq passou o fds com a namorada; terça-feira é - definitivamente - melhor.
E aqui cabe até um próximo post: como enlouquecer um homem durante quatro dias...rs. Porque desde que anunciei "a conversa", o carinha tá doidão querendo saber o motivo.
Lerda, babaca, apaixonada e cruel.
Huahuahauahuahauhauahauhauah (risada maléfica).
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