sábado, 14 de janeiro de 2012

Friendzone x Porta-malas

Friendzone: termo criado para descrever a situação em que seu objeto de desejo te declara amigo. Para quase todo o sempre. Amém. 
E o que você fez pra chegar a tal ponto? Você é gente boa e simpático. Pior: é fofo. E essa tríade faz com que o objeto de sua pretendência queira te apresentar pra todos: família, colegas de trabalho, amigos...Só que, neste caso, nem os amigos(as) vão te querer como algo a mais; afinal, você é gente boa, simpático e fofo.
E daí? Daí que a vida não acontece como em "O Melhor Amigo da Noiva" e, se você foi despachado para a friendzone, dificilmente sairá dela. É mais ou menos como um mundo paralelo, sabe? Tipo aquele para onde vão as gominhas de cabelo que nunca achamos quando precisamos.
Humilhante? Nem tanto. Tem outro lugar pior: o porta-malas. É, porque servir como estepe é pior do que ser amigo. Quer ver só?
Se você é estepe de alguém não é porque você é simpático, gente boa e fofo. É porque não é bom o suficiente pra estar fora do porta-malas e em ação. Mas calma: você também não é ruim o suficiente pra ser descartado de vez. Placar empatado?
Obviamente que não. Sair do porta-malas é muito mais degradante do que sair da friendzone. Se você saiu da friendzone, é porque ele(a) percebeu que o combo simpático + fofo + gente boa é o melhor que se pode desejar em um ficante/namorado(a)/cônjuge. Além disso, é um herói e terá seu busto exposto em praça pública.
Agora, meu caro, se você deixou de ser estepe, foi porque ele(a) ouviu (ou viu, nem que tenha sido pelo facebook...rs) que você estava com outra pessoa - sendo feliz ou a um passo disso. 
E como andar por esta vida esburacada sem reservas? Como ninguém quer saber qual o resultado disso, o jeito é usar daquela voz aveludada e marcar um encontrinho. Ou dois. Ou mais do que isso desde que seja o suficiente pra que você volte a viver no porta-malas. Amordaçado e quietinho - quase como uma vítima de sequestro.
E é aí que a coisa se torna degradante: você, que poderia estar se dando bem com outra pessoa bacaninha, se sujeitou a voltar a ser sobressalente na vida de alguém (talvez nem tão bacaninha).
Como já cantou James Hetfield: sad, but true.
Pior do que tudo isso, só esse texto. Afinal, tem coisas que a gente preferiria fingir que não existem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário