quarta-feira, 27 de outubro de 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

Desespero!

Meu cabeleireiro viajou. Sem mais.

Nem todo ex é palhaço

Corrigindo injustiças: ontem saí com um deles (sem compromisso algum) e foi muito bom. Divertimos horrores e fui super elogiada o tempo todo pelo moço.
Pelo menos esse aí lembrava que eu sou inteligente, divertida, gostosa e gente boa.
O triste foi só lembrar que eu terminei com o moço em questão porque ainda era apaixonada com o palhaço metido a intelectual.
E ainda descobri que o ex gente boa tem ciúmes do palhaço metido a intelectual. Até hoje.

Palhaço

Palhaço bom é aquele que nos diverte, não o que nos faz ter piedade.

sábado, 9 de outubro de 2010

O palhaço metido à intelectual

(Clique na imagem para ampliar)

Desde que comecei a ler o HTP, me autodeclaro empresária circense e passei a classificar os palhaços da minha vida.
O palhaço em questão é um ex. E metido à intelectual.
Vamos aos fatos.
- O palhaço nasceu em 1983. Tá mais pros 30 do que pros 20. E ainda é vendedor de uma loja de vídeo-games, onde diz que ganha dinheiro se divertindo. Sad, but true. Quanto ao fato dele ser dono, são outros 500...fica a dúvida.
- O palhaço não tem ensino superior. Muito menos em filosofia, onde não chegou nem à metade do curso. Sequer tem ensino técnico em palhaçadas...
- O palhaço sempre teve a incrível mania de ler capa e contracapa de livros, buscar a sinopse no google e posar de intelectual que já leu todo El Ateneo*. Destes citados, um deles eu tenho certeza de que nunca leu. Pausa pra historinha:
O palhaço posava de que tinha lido Dom Quixote. Em espanhol. Edição comemorativa de sei lá o quê. Ok. Em uma viagem à Argentina, achei um exemplar do livro com ilustrações do Pablo Picasso. Comprei todos (os dois) que tinham na livraria. O aniversário do palhaço estava próximo e resolvi dar uma das edições de presente. Mas avisei: a edição é de colecionador, coisa rara de achar e pra guardar por toda a vida. E é uma versão resumida.
O tempo passou e eu acho o livro em uma das estantes da lujinha onde trabalhava. Quando perguntei o que o livro fazia lá, o palhaço me respondeu que tava lendo. Comassim, Bial? Indaguei o óbvio: se o palhaço já tinha lido a versão integral, pra que ler a versão resumida? Vergonha na cara, confissão feita: o palhaço nunca havia lido o livro. Só o prefácio.
E duvido que tenha lido até o presente momento. Inclusive a versão resumida.
- O palhaço, além de metido à intelectual, tem auto-estima baixa. E, pra levantá-la, nada melhor do que pisar nos amigos que o cercam, correto? Na visão do palhaço em análise, corretíssimo. E dá-lhe corrigir o amigo (um dos poucos das antigas que ainda o suporta) em pleno facebook, em um post bacaninha, onde o moço emocionava-se ao elogiar o irmão. A traulitada debaixo eu não apaguei: mas, com certeza, de José Saramago ele também só leu as sinopses...
- E, para o Gran Finale: a apresentação em seu twitter! Digno de palhaço aparecido! E agora, cá entre nós: diante de tudo isso, tem certeza de que este palhaço será uma das melhores pessoas que conhecerás ao longo de sua vida?

E agora podem abaixar os panos. O espetáculo (deste palhacinho) acabou.

*maior livraria da América Latina.

Verdade Universal e P.A. - Segunda parte

Frente à verdade universal dita abaixo, P.A. 1 ignorou totalmente a fria forma com que foi tratado durante a última conversa e ligou na sexta-feira à noite.
"Tô bebeno no buteco" - resmunguei.
Tempo depois
, mensagem no celular: "Se quiser vir à minha casa, só ligar".
Se existisse teletransporte
, eu iria exatamente naquele momento à casa do rapaz, de copo lagoinha em punho e repetiria as palvras não entendidas pelo moço: "Tô bebeno no buteco".
Mas enquanto o teletransporte não existe
, ignorar foi a forma mais eficaz e menos constrangedora de fazer o rapaz entender algo que já era pra ter sido entendido.
Eficaz até certo ponto.
Dentro do táxi
, o taxista me pergunta porque estou séria. "Cansaço" - respondi. Só me faltava àquela hora ter que bater papo com alguém jamais visto até o momento.
P.A. 1 liga e pergunta se eu realmente não iria à casa dele. Lembrei dos cartões vermelhos que sempre tomava aos 45 minutos do segundo tempo
, sem direito à prorrogação e resolvi provocar: "Posso dormir aí?"
P.A.: Não
, não pode...amanhã meu irmão chega...blábláblá...whiskas sachê...blábláblá...EU TE AJUDO A PAGAR O TÁXI DE VOLTA...
(Susto!
Enorme! Imenso! Tridimensional!)
Eu: Olha
, não se trata de pagar ou não o táxi. Só que tô cansada, com sono e não tô a fim de sair correndo depois de fazer o q tenho q fazer, entendeu?
Antes que ele pudesse entender ou não, resolvi desligar. Melhor nem prolongar a conversa.

E o taxista: "Tá séria! Brigou com o namorado
?"
"Cansaço" - repito. Da próxima vez eu desenho pra ver se ele entende.

Agora tô em dúvida se continuo como empresária circense ou se inauguro um tele-sexo. Mas que fique bem claro que
, no caso da segunda opção, o táxi de volta é por conta do freguês.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Verdade Universal

Rejeição é afrodisíaco.

P. A.

De uns tempos pra cá, descobri a vantagem de se ter um P.A. (pau-amigo ou pinto-amigo).
Não vou ficar divagando sobre o que é um P.A., nem tampouco sobre seus requisitos ou vantagens.
Este texto aqui é ótimo e, se quiser uma introdução teórica, vá até lá dar uma lida. Vale dizer também que não concordo com absolutamente tudo o que foi escrito.
Lembro de uma vez que me senti muito mal por ter um P.A. Fui abrir a boca pra duas colegas de serviço com quem sempre saía na happy hour. Me arrastaram pela medina e me fizeram arder no mármore do inferno por ter um P.A. Depois descobri que o meu P. A. aquela época era ex - P.A. de uma e paixão platônica da outra. Descoberto o real motivo pelo qual as falsas recalcadas me tacaram pedra, voltei a ser feliz com meu P.A.
Até a troca de P.A.

Atualmente eu tinha dois P.A's. E agora que eu cheguei onde queria, senta que lá vem história:
O primeiro não virou P.A. de cara. Por um momento (mínimo, diga-se de passagem), eu até cheguei a pensar que o moçoilo era digno de algo mais sério. Engano desfeito, assumiu-se a amizade colorida entre ambos.
O problema é que o moço começou a ficar estranho. Ligava todos os dias, discutia relação, queixava-se da vida. Ok. Pensei que poderia ser uma fase, afinal a vida profissional do amigo não andava lá às mil maravilhas. E o moço morava com mais dois homens, tão sozinho...tão "sem-alguém-pra-desabafar"...Adicione à essa equação o fato de que eu sou boazinha e escuto as pessoas e faça por si mesmo a conta da merda que deu.
O problema maior era que, na hora de agir como P.A., o P. simplesmente ignorava o A. Ou seja, eu que era a amiga durante toda a semana e ouvia a ladainha por horas ao telefone, ficava menos tempo na casa do rapaz do que a diarista dele.
Ignorei-o.

Pouco antes disso, outro P.A. adentrou minha vidinha. Esse, entrou com certificado de P. A. mesmo! Tanto é que, depois de um telefonema ignorado (por parte dele), ele se justificou dizendo que tava com um rolo antigo. Nada mais justo. Apesar de achar que tanta informação assim não era necessária, achei bacana o moçoilo ter dito a verdade.
E assim a coisa foi. E desandou também.

P. A. 1 ignorado, só me restava P.A. 2. Que um dia deixou de atender o tel e responder as mensagens e me deixou endoidecida. Poxa! Se não somos namorados, aí sim que a pessoa tem que se justificar: afinal, qualquer desculpa eu vou ter que engolir (caso queira) sem maiores (e nem menores) dramas.
P.A. 1 ignorado, P.A. 2 sumido. Aqui jaz uma vida sexual.

Até hoje. Não que eu tenha copulado nesta data.
Mas P.A. 1 apareceu. Depois de quase 15 dias sendo ignorado, ligou não uma, mas duas vezes no meu celular. As duas vezes ignoradas.
P.A. 2 respondeu a todas as mensagens. Todas!
Resolvi retornar pro P.A. 1. Se tivesse uma corda, teria me enforcado durante a conversa: 20 minutos de reclamações trabalhistas. Despedi com um: "tô com fome, vou fazer algo pra comer." E pronto. Sem nenhum momento Chandler de Friends do tipo "Call me!".
Arrependi até de ter ligado. Nenhum P. vale tanto mimimi.
P.A. 2 tá na reserva. Ainda. As vantagens pelas quais o garoto ainda permanece na agendinha do celular e no facebook são óbvias.

E tem mais dois ainda. C.N. Candidatos à namorado. Com esses, não se brinca: não tem beijinhos, nem saídas a dois, nada. C.N. é coisa séria, digna de DM no twitter e scrap privado no (argh!) orkut. Não dá pra colocar um C.N. de palhaço no picadeiro.
E enquanto a empresária circense aqui não decide o que quer da vida, o circo continua recebendo currículos para eventuais contratações (de palhaço a administrador - só não aceito mulher barbada!).