sábado, 9 de outubro de 2010

Verdade Universal e P.A. - Segunda parte

Frente à verdade universal dita abaixo, P.A. 1 ignorou totalmente a fria forma com que foi tratado durante a última conversa e ligou na sexta-feira à noite.
"Tô bebeno no buteco" - resmunguei.
Tempo depois
, mensagem no celular: "Se quiser vir à minha casa, só ligar".
Se existisse teletransporte
, eu iria exatamente naquele momento à casa do rapaz, de copo lagoinha em punho e repetiria as palvras não entendidas pelo moço: "Tô bebeno no buteco".
Mas enquanto o teletransporte não existe
, ignorar foi a forma mais eficaz e menos constrangedora de fazer o rapaz entender algo que já era pra ter sido entendido.
Eficaz até certo ponto.
Dentro do táxi
, o taxista me pergunta porque estou séria. "Cansaço" - respondi. Só me faltava àquela hora ter que bater papo com alguém jamais visto até o momento.
P.A. 1 liga e pergunta se eu realmente não iria à casa dele. Lembrei dos cartões vermelhos que sempre tomava aos 45 minutos do segundo tempo
, sem direito à prorrogação e resolvi provocar: "Posso dormir aí?"
P.A.: Não
, não pode...amanhã meu irmão chega...blábláblá...whiskas sachê...blábláblá...EU TE AJUDO A PAGAR O TÁXI DE VOLTA...
(Susto!
Enorme! Imenso! Tridimensional!)
Eu: Olha
, não se trata de pagar ou não o táxi. Só que tô cansada, com sono e não tô a fim de sair correndo depois de fazer o q tenho q fazer, entendeu?
Antes que ele pudesse entender ou não, resolvi desligar. Melhor nem prolongar a conversa.

E o taxista: "Tá séria! Brigou com o namorado
?"
"Cansaço" - repito. Da próxima vez eu desenho pra ver se ele entende.

Agora tô em dúvida se continuo como empresária circense ou se inauguro um tele-sexo. Mas que fique bem claro que
, no caso da segunda opção, o táxi de volta é por conta do freguês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário